quarta-feira, 24 de novembro de 2010
"Estás só ninguém o sabe"
"Estás só. Ninguém o sabe. Cala e finge.
Mas finge sem fingimento.
Nada esperes que em ti já não exista,
cada um consigo é triste.
Tens sol há sol, ramos se ramos buscas
Sorte se a sorte é dada."
Ricardo Reis
Mas finge sem fingimento.
Nada esperes que em ti já não exista,
cada um consigo é triste.
Tens sol há sol, ramos se ramos buscas
Sorte se a sorte é dada."
Ricardo Reis
"Do que quero"
"Do que quero renego, se o querê-lo
Me pesa na vontade. Nada que haja
Vale que lhe concedamos
Uma atenção que doa.
Meu balde exponho à chuva, por ter àgua
Minha vontade, assim, ao mundo exponho,
Recebo o que me é dado,
E o que falta não quero.
O que me é dado quero,
Depois de dado, grato
Nem quero mais que o dado
Ou que o tido desejo."
Me pesa na vontade. Nada que haja
Vale que lhe concedamos
Uma atenção que doa.
Meu balde exponho à chuva, por ter àgua
Minha vontade, assim, ao mundo exponho,
Recebo o que me é dado,
E o que falta não quero.
O que me é dado quero,
Depois de dado, grato
Nem quero mais que o dado
Ou que o tido desejo."
Ricardo Reis
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